A Domus vai aumentar a sua carteira em mil milhões de euros através de uma aliança com dois grandes promotores imobiliários

  • A empresa KKR internalizará parte das equipas comerciais das empresas imobiliárias.
  • Dispõe de uma carteira para venda de 1,8 mil milhões em produtos residenciais e 800 milhões em produtos terciários.

22/06/2023 – 6:00

A Domus, empresa de comercialização de bens imobiliários propriedade da KKR, vai aumentar a sua dimensão com uma injeção de mil milhões de euros em activos antes do final do ano. Foi o que explicou Jorge Pérez-Curto, CEO da Domus, numa entrevista concedida ao elEconomista.es, na qual salientou que a empresa está atualmente em negociações com dois grandes promotores deste país para internalizar parte da sua equipa de marketing.

As conversações estão numa fase avançada e esperamos chegar a acordos no próximo trimestre”, explica Pérez-Curto, que explica que a empresa gere atualmente uma carteira de 1,8 mil milhões de euros em novas construções residenciais. Além disso, no sector terciário, tem activos sob gestão de cerca de 800 milhões.

O gestor salienta que estas duas operações implicarão a incorporação de uma equipa de cerca de 30 pessoas na Domus, que conta atualmente com mais de 85 trabalhadores.

Já fechámos um acordo de internalização de equipas com um dos grandes promotores cotados na bolsa e, de facto, esta é a tendência a que vamos assistir nos próximos meses no sector, uma vez que vamos assistir a mais do mesmo nos próximos meses”, afirmou. Desta forma, as empresas podem aligeirar a sua força de trabalho e, ao mesmo tempo, podem ser mais exigentes quando lidam com um fornecedor”, sublinha o gestor, salientando que, em todos os casos, a incorporação de equipas é efectuada por zonas geográficas específicas.

Estes acordos incluem projectos nas fases de arranque, construção e entrega. “Ao incorporar promoções em diferentes fases da vida, temos um produto garantido durante muitos anos”, sublinha o CEO da Domus.

A empresa trabalha na comercialização de activos dos principais promotores do país, tais como Aedas Homes, Metrovacesa, Habitat, Kronos, Vía Célere ou Aelca, entre outros. Estas grandes empresas representam %-80% da atual carteira gerida pela Domus, enquanto o restante provém de servicers como a Hipoges, a Anticipa e a Altamira, entre outras.

“Para além dos empreendimentos residenciais , gerimos também a venda de REO não demolidos e de NPL com garantias imobiliárias, pelo que lidamos com terrenos, hotéis, espaços comerciais, armazéns e parques de média dimensão”, salienta Pérez-Curto.

Nos novos empreendimentos residenciais,“temos atualmente cerca de 100 empreendimentos espalhados por todo o país. Só nos falta a presença na Extremadura e em Aragão, mas com os dois acordos que estamos a negociar vamos seguramente entrar também nestes mercados”, salienta o gestor.

No que diz respeito à situação atual do mercado residencial, Pérez-Curto sublinha a “solidez e solvência do mercado da construção de habitação nova”.

“Com a atual produção habitacional, que não chega a 100 mil casas, e uma procura sustentada de 150 mil, acreditamos que o mercado vai resistir ao potencial temporário de forma positiva”, explica o gestor, que sublinha que a subida das taxas de juro está a afetar o mercado e que este vai continuar a crescer. retirado do potencial compradorespecialmente para os bilhetes mais baratos. “Agora temos menos visitas, demoramos mais tempo a tomar decisões, mas os clientes que vêm são mais solventes e qualificados, vêm com o trabalho de casa feito”, conclui Pérez-Curto.

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